A maioria dos aparelhos custa entre R$ 525,00 e R$ 700,00. O desenvolvido pelos pesquisadores brasileiros deve chegar ao mercado por cerca de R$ 300.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo desenvolveram um aparelho auditivo bem mais barato que os que estão hoje no mercado. Isso deve aumentar muito o número de brasileiros em condições de usar essa novidade.
Se você já ouviu falar de remédio genérico, o que dizer de equipamento genérico? O novo aparelho auditivo é um deles. Parecido com todos os outros, mas até 57% mais barato.
O equipamento foi desenvolvido pela Faculdade de Medicina da USP, a partir de uma tecnologia conhecida, e de componentes importados, mas com uma configuração que prolonga o tempo de uso da bateria.
“Ele pode ser considerado um coringa porque é a mesma configuração eletrônica que você utiliza para projetar os aparelhos para todos os tipos de perda, sempre com baixo consumo de energia elétrica, uma mesma bateria dá uma autonomia bem ampla”, explicou o engenheiro Silvio Penteado.
O aparelho, batizado de Manaus, foi testado durante um ano e meio por 20 pacientes. “Eles já eram usuários de aparelho e, no final da pesquisa, optaram por manter o uso desse aparelho”, disse a fonoaudióloga Isabela Jardim.
Dona Eutália Lopes, que perdeu parte da audição nos dois ouvidos, aprovou a tecnologia: “Falar com minhas filhas, falar com meu esposo. Televisão que eu não escutava, agora eu escuto. Escuto bastante”, contou.
Hoje apenas 11 pessoas usam o aparelho, mas a expectativa dos pesquisadores é que, dentro de um ano, ele comece a ser produzido em série, chegue ao mercado e ajude a reduzir os gastos com saúde pública.
Setenta por cento dos aparelhos auditivos vendidos no Brasil hoje são comprados pelo governo e distribuídos pelo SUS, uma despesa de R$ 146 milhões por ano. A maioria dos aparelhos custa entre R$ 525,00 e R$ 700,00. O desenvolvido pelos pesquisadores brasileiros deve chegar ao mercado por cerca de R$ 300.
“Com o novo aparelho, diminuindo custos, nós vamos conseguir trazer para uma maior população a possibilidade de acesso a eles”, explicou Sérgio Garbi, do HC-USP.
Outra vantagem é que a manutenção vai ficar mais barata. Hoje, quando o aparelho quebra, muita gente não consegue pagar o conserto.
FONTE: JORNAL NACIONAL
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