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ESTE BLOG FOI CRIADO PARA AJUDAR OS INDIVÍDUOS A ENTENDEREM A FONOAUDIOLOGIA COMO CIÊNCIA,SABER QUEM É O FONOAUDIÓLOGO, EXPLICAR SOBRE AS DIVERSAS DOENÇAS QUE ESTE PROFISSIONAL PODE TRATAR, E PRINCIPALMENTE CONTRIBUIR PARA A DIVULGAÇÃO DESTA PROFISSÃO TÃO MARAVILHOSA.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Amamentação pode deixar a criança mais inteligente


Crianças que recebem leite materno têm melhor desempenho na escrita, na leitura e até no raciocínio matemático

Amamentar um recém-nascido por, no mínimo, quatro semanas pode deixar a criança mais inteligente. As diferenças são percebidas até os 14 anos, quando os resultados na leitura, na escrita e até mesmo no raciocínio matemático são melhores do que aqueles apresentados por crianças que não receberam amamentação materna. O estudo, conduzido por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Oxford e do Instituto de Pesquisa Econômica e Social da Universidade de Essex, ambas da Inglaterra, não conseguiu, no entanto, mensurar exatamente quanto a amamentação melhora a inteligência da criança..
Já se sabia, no entanto, que a amamentação melhora significativamente o sistema imunológico dos bebês, sendo fundamental no combate a infecções, problemas estomacais e até mesmo à asma. A descoberta da relação com o desenvolvimento cognitivo vem engrossar a lista de benefícios do leite materno e pode vir a entrar nas campanhas pró-amamentação. “Os benefícios à saúde já eram conhecidos, mas agora nós podemos garantir que há efeitos positivos também ao cérebro da criança”, diz Maria Iacovou, coordenadora do estudo. Segundo a pesquisadora, é necessário ajudar as mães que pretendem amamentar, mas, por motivos diversos, não o conseguem.
Durante a pesquisa foram analisados dados de mais de 10.000 crianças, filhos de alunos das duas faculdades responsáveis pela pesquisa. O desempenho escolar de cada criança que era amamentada pela mãe foi comparado com o de uma criança que recebia leite industrializado. Mesmo com pequenas variáveis na qualidade da educação de cada criança, os pesquisadores perceberam que as que ingeriram o leite materno se saíram melhor na escola, tanto no ensino médio quanto no básico.
Mulher – Vários estudos já demonstraram que a amamentação protege a mãe contra o câncer de ovário e o de mama – acredita-se que pelo papel que desempenha no equilíbrio hormonal da mulher. Algumas pesquisas defendem ainda que há benefícios para a forma física da mulher, uma vez que ajuda a queimar cerca de 500 calorias por dia.

domingo, 20 de março de 2011

Origem do Alzheimer pode estar no fígado, não no cérebro


Estudo realizado em camundongos defende que proteínas podem iniciar doença

Um estudo sobre o Alzheimer realizado pelo Scripps Research Institute, uma das maiores organizações não-governamentais de pesquisa do mundo, propõe uma mudança radical na compreensão e tratamento da doença neurológica. De acordo com a pesquisa, a fonte das proteínas beta-amiloides, que se acumulam no cérebro e estão associadas ao mal, não é o cérebro, mas o fígado.
Publicada no periódico científico The Journal of Neuroscience Research, a pesquisa usou camundongos geneticamente modificados a fim de identificar os genes ligados à produção de beta-amiloide acumulada no cérebro. Descobriu-se que três genes cumprem essa função. Quanto menor a expressão (capacidade de produção da beta-amiloide) desses genes no fígado, maior a proteção ao cérebro. Isso significa que, a cada ação dos genes no organismo, mais proteínas são fixadas no cérebro. Um desses três genes é ainda o responsável por codificar a presenilina, uma proteína da membrana celular que contribui para o desenvolvimento do Alzheimer.
Para os cientistas do Scripps Research, a descoberta pode impulsionar um novo tipo de tratamento. "Essa descoberta promete ser o primeiro passo na simplificação dos desafios que encontramos para o desenvolvimento de novas terapias contra a doença", diz Greg Sutdiffe. De acordo com um recente relatório preparado pela Associação Americana de Alzheimer, a ausência de tratamentos efetivos do mal pode provocar gastos em cuidados gerais com os pacientes superiores a 20 trilhões de dólares em 2050 (cerca de dez vezes o produto interno bruto do Brasil).
Medicação – A droga Gleevec, usada em pacientes com leucemia ou com câncer gastrointestinal, foi aplicada nos camundongos durante os testes clínicos. Já aprovado pela FDA, agência estatal americana que regula medicamentos e alimentos, a droga, que tem baixa penetração no cérebro, foi eficaz na redução da produção de beta-amiloide no fígado. "Essa característica cerebral da droga foi fundamental na escolha dela para os testes", diz Sutdiffe.
O uso do Gleevec no tratamento dos camundongos com Alzheimer, segundo David Schlesinger, neurologista do Instituto do Cérebro do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, é um dos achados mais interessantes do estudo da equipe americana. "Claro que ainda é muito cedo para sairmos tratando pacientes com essa droga. Mas, como é um remédio já aprovado, os estudos em humanos podem ser feitos de maneira mais rápida", diz Schlesinger.
A única restrição à transposição dos resultados da pesquisa a humanos, segundo o neurologista, é relativa a diferenças entre espécies: o fígado humano não tem uma produção de amiloide tão significativa quanto o dos camundongos. "Mesmo assim, a descoberta é um caminho interessante e deve ser levada adiante. Mas, por ora, ela ainda não modifica a maneira como entendemos a doença nos humanos", diz Schlesinger.

terça-feira, 8 de março de 2011

Uso do celular pode alterar química cerebral


Ondas eletromagnéticas emitidas pelo aparelho aumentam consumo de glicose, mostra estudo

Um estudo conduzido pelo Instituto Nacional da Saúde, nos Estados Unidos, aponta que a utilização do telefone celular por períodos superiores a 50 minutos pode provocar alterações químicas no cérebro do usuário. Segundo os cientistas, exames indicaram que, nessas situações, há aumento de 7% no uso de glicose pelo cérebro, o que sugere uma elevação da atividade local. A pesquisa, publicada no Journal of the American Medical Association (Jama), pretendia estudar o efeito das ondas eletromagnéticas emitidas pelo celular sobre o cérebro, mas não chegou a um veredicto sobre os eventuais prejuízos do uso do aparelho à saúde.
O levantamento acompanhou apenas 47 pacientes. A amostra é considerada pequena para que os resultados sejam conclusivos.
A glicose é o único combustível usado pelo cérebro para manter suas atividades vitais. Portanto, medir a quantidade da substância consumida em um período é uma maneira eficaz de determinar o grau de atividade cerebral.
Durante as fases de testes, telefones celulares foram colocados próximo às duas orelhas de cada participante, simultaneamente. Um dos aparelhos estava desligado. O outro estava ligado, mas emudecido, para que o voluntário não percebesse a diferença. Em seguida, exames de imagem foram realizados para registrar a atividade cerebral e o consumo de glicose.
O levantamento do instituto americano não é o primeiro a se dedicar ao assunto. Um dos maiores estudos já realizados foi conduzido por uma equipe multidisciplinar da Dinamarca, em 2006. Na pesquisa, foram analisados 420.000 usuários de celulares. Também não foi estabelecida nenhuma relação entre o uso do dispositivo o desenvolvimento de câncer.