Descrição do Blogger

ESTE BLOG FOI CRIADO PARA AJUDAR OS INDIVÍDUOS A ENTENDEREM A FONOAUDIOLOGIA COMO CIÊNCIA,SABER QUEM É O FONOAUDIÓLOGO, EXPLICAR SOBRE AS DIVERSAS DOENÇAS QUE ESTE PROFISSIONAL PODE TRATAR, E PRINCIPALMENTE CONTRIBUIR PARA A DIVULGAÇÃO DESTA PROFISSÃO TÃO MARAVILHOSA.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Bettina comemora realização de cirurgias de “ouvido biônico”


Um homem e uma mulher paraenses se submeteram às cirurgias de implantecoclear, no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS) da UFPA, única instituição do norte do País credenciada pelo Ministério da Saúde para realizar o procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As cirurgias foram realizadas nesta quarta-feira, 26. A imprensa, servidores e médicos residentes do Hospital puderam acompanhar a transmissão, ao vivo, no auditório do HUBFS.

Os pacientes que se submeteram à cirurgia foram Jherikson Diniz, 23 anos, que mora em Limoeiro do Ajuru, nordeste do Pará; e Rosilene de Lima, 35 anos, que mora em Belém. Ele perdeu a audição há 14 anos, depois de ter caxumba; e ela, há uma década, após sentir febre forte. Ambos são pacientes pós-linguais, isto é, que perderam a audição, mas aprenderam a falar e possuem memória auditiva.

Segundo o cirurgião José Cláudio Cordeiro, professor e coordenador do Serviço de Otorrinolaringologia da UFPA, o implante coclear - chamado também de “ouvido biônico” - transcorreu da forma esperada pela equipe multidisciplinar. “O trabalho de todo o grupo foi um sucesso. Estamos satisfeitos e esperamos que, depois da ativação, os pacientes consigam melhores resultados com a reabilitação auditiva.”

Para o diretor geral do HUBFS, professor doutor Paulo Amorim, a realização desse procedimento, considerado de alta complexidade, faz com que a UFPA revele à sociedade paraense que tem potencial para ajudar a melhorar a saúde no Estado. “Experiências como essa fazem com que a Universidade mostre sua cara através dos muros e beneficie, principalmente, a população carente do Pará.”

O professor doutor Robinson Koji Tsuji, que participou das cirurgias e pertence à equipe de implante coclear do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, afirma que o Pará precisa comemorar, “porque essa atividade exige equipe qualificada e treinamento longo. Além disso, não há perspectiva para que o Ministério da Saúde abra um novo centro na Região Norte”, ressalta Koji, presidente da Central Brasileira de Implante Coclear.

Implante - O implante coclear é um aparelho colocado cirurgicamente, o qual fz a função das células ciliadas lesadas ou ausentes

do ouvido interno e restaura – ou cria – a capacidade de captar e compreender o som, sendo encaminhado diretamente ao nervo auditivo, por meio de estímulos elétricos que chegam ao cérebro, possibilitando uma percepção sonora clara, inclusive da fala.

Ativação – A ativação do aparelho, geralmente, acontece entre 30 e 40 dias depois da cirurgia. Essa etapa é comandada pela fonoaudióloga do HUBFS, Cintia Yamaguchi, que ajudará os pacientes a descobrir, brevemente, todos os benefícios do implante coclear. “Na reabilitação audiológica e auditiva, eles começam a aprender a ouvir os novos sons. Os ajustes periódicos nos equipamentos acontecem todos os meses e se prolonga à medida que eles obtêm o nível de audição satisfatória”, esclarece Cintia.

Cirurgias – As últimas duas cirurgias realizadas foram garantidas por meio do credenciamento que o HUBFS conseguiu com o Ministério da Saúde, previsto na Portaria 4.065, de 17 de dezembro de 2010, a qual estabelece recurso anual no montante de R$ 1,1 milhão, a ser incorporado ao teto financeiro de média e alta complexidade do Estado do Pará e do município de Belém. “Com isso, realizaremos duas cirurgias por mês. Hoje, temos 50 pacientes selecionados para realizar o implante, então, objetivamos ampliar o atendimento. Por isso, vamos conversar com o novo secretário de Saúde do Estado, Hélio Franco, e solicitar que nos garanta as 16 das 18 cirurgias que a gestão tinha doado ao HUBFS. Duas já ocorreram em outubro de 2010”, explica o professor Cláudio.

Implantados – Até outubro de 2010, eram cerca de 300 mil implantados em todo o mundo. No Brasil, onde se realiza 500 implantes ao ano, eram mais de 3 mil. Os Estados brasileiros que possuem Centro SUS de implante coclear são: Rio Grande do Sul (1 centro), Paraná (2 centros), São Paulo (3 centros na capital, 4 centros no interior), Rio de Janeiro (1 centro), Minas Gerais (4 centros), Distrito Federal, Bahia (1 centro), Pernambuco (1 centro), Rio Grande do Norte (1 centro), Ceará ( 1 centro) e, agora, o Pará (primeiro centro na Região Norte).

Texto: Cleide Magalhães – Assessoria de Comunicação do HUBFS

Solar Ear- Aparelho Auditivo com energia solar.


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem 278 milhões de pessoas no mundo que necessitam de aparelhos para deficiência auditiva, porém são construídos apenas 16 milhões desses aparelhos por ano. O projeto Solar Ear visa mudar essa situação. É um aparelho auditivo de baixo custo e que possui baterias recarregáveis através da luz do Sol. Sem perder a perspectiva humanitária e ecológica, o ideal do projeto é surpreendente e exemplar. Através da parceria de uma ONG brasileira, o instituto CEFAC, junto de uma consultoria de desenvolvimento LEGAR, o projeto Solar Ear, está sendo aplicado no Brasil. Desenvolverá aparelhos auditivos digitais com baterias recarregáveis pela luz do sol, além de possuir um baixíssimo custo em relação aos aparelhos convencionais. Um projeto que é capaz de sensibilizar devido a seu forte apelo social sem faltar com uma importante abordagem dentro das preocupações ambientais.

O carregador solar vem acompanhado com duas baterias simples, que podem ser recarregadas dentro de 6 a 8 horas e sua carga possui uma duração de uma semana, até necessitar de uma nova recarga solar. A vida útil dessas baterias é de 2 a 3 anos, grande avanço em relação as baterias normais que duram apenas uma semana. Estima-se que sejam descartadas cerca de 175 milhões de baterias convencionais por ano no mundo.

O preço de um aparelho convencional para tratar casos moderados ou severos pode variar entre mil a dez mil reais, o que é um custo muito elevado para pessoas de baixa renda, levando em consideração que a maioria dos portadores de deficiência auditiva necessita de dois aparelhos. O Solar Ear, que tem como intuito tratar justamente casos moderados e graves, surge então como uma ótima noticia e como um exemplo nato de humanitarismo. Seu kit custará não mais que 100 dólares, ou 250 reais, e empregará jovens surdos brasileiros na montagem dos aparelhos e dos carregadores solares.

O empreendedor do projeto, Howard Weinstein, adaptou-o a partir de outro que se iniciou em Botsuana, na África, durante os anos 90’. Jovens Surdos virão da África para treinar e capacitar jovens surdos brasileiros na montagem dos aparelhos. No Brasil, a tecnologia aplicada a esses aparelhos foi também adaptada para poder receber carga de lâmpadas comuns, na falta da luz do sol nos dias de chuva.

As tecnologias desenvolvidas no projeto não foram patenteadas, abrindo espaço então para maior distribuição do projeto ao redor do mundo. Aliado a isso, o instituto CEFAC, ajudará a estabelecer redes nacionais e internacionais de contato, organizando cursos no Brasil, Portugal, Venezuela, Peru e Colômbia. O próximo passo de propagação do projeto é abranger, México e Jordânia, e abrir fábricas do produto também em países ricos, como Estados Unidos e Europa.

O projeto Solar Ear é a prova de que é possível unir conceitos tecnológicos sustentáveis junto de importantes aspectos sociais, pois não visa apenas gerar dinheiro, mas sim dar oportunidades a aqueles que necessitam de uma base para poderem ser incluídos com dignidade dentro da sociedade, somado a nítida mensagem ecológica intrínseca a ele. É de se esperar que grandes empresas adotem o Solar Ear e possam levar esse incrível projeto para todos os lugares do mundo.







USP cria aparelho auditivo mais barato.



A maioria dos aparelhos custa entre R$ 525,00 e R$ 700,00. O desenvolvido pelos pesquisadores brasileiros deve chegar ao mercado por cerca de R$ 300.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo desenvolveram um aparelho auditivo bem mais barato que os que estão hoje no mercado. Isso deve aumentar muito o número de brasileiros em condições de usar essa novidade.

Se você já ouviu falar de remédio genérico, o que dizer de equipamento genérico? O novo aparelho auditivo é um deles. Parecido com todos os outros, mas até 57% mais barato.

O equipamento foi desenvolvido pela Faculdade de Medicina da USP, a partir de uma tecnologia conhecida, e de componentes importados, mas com uma configuração que prolonga o tempo de uso da bateria.

“Ele pode ser considerado um coringa porque é a mesma configuração eletrônica que você utiliza para projetar os aparelhos para todos os tipos de perda, sempre com baixo consumo de energia elétrica, uma mesma bateria dá uma autonomia bem ampla”, explicou o engenheiro Silvio Penteado.

O aparelho, batizado de Manaus, foi testado durante um ano e meio por 20 pacientes. “Eles já eram usuários de aparelho e, no final da pesquisa, optaram por manter o uso desse aparelho”, disse a fonoaudióloga Isabela Jardim.

Dona Eutália Lopes, que perdeu parte da audição nos dois ouvidos, aprovou a tecnologia: “Falar com minhas filhas, falar com meu esposo. Televisão que eu não escutava, agora eu escuto. Escuto bastante”, contou.

Hoje apenas 11 pessoas usam o aparelho, mas a expectativa dos pesquisadores é que, dentro de um ano, ele comece a ser produzido em série, chegue ao mercado e ajude a reduzir os gastos com saúde pública.

Setenta por cento dos aparelhos auditivos vendidos no Brasil hoje são comprados pelo governo e distribuídos pelo SUS, uma despesa de R$ 146 milhões por ano. A maioria dos aparelhos custa entre R$ 525,00 e R$ 700,00. O desenvolvido pelos pesquisadores brasileiros deve chegar ao mercado por cerca de R$ 300.

“Com o novo aparelho, diminuindo custos, nós vamos conseguir trazer para uma maior população a possibilidade de acesso a eles”, explicou Sérgio Garbi, do HC-USP.

Outra vantagem é que a manutenção vai ficar mais barata. Hoje, quando o aparelho quebra, muita gente não consegue pagar o conserto.

FONTE: JORNAL NACIONAL


Dieta no início da gravidez pode afetar cérebro do feto

Carência de nutrientes é capaz de atuar nas sinapses entre as células cerebrais, alterando a expressão de centenas de genes

A nutrição desempenha um importante papel na gestação. Foi demonstrado através de testes laboratoriais que dietas deficientes causam efeitos prejudiciais tanto à mãe quanto ao feto. Constatado por alguns estudos que a
má nutrição materna pode ser uma causa de deficiência no crescimento, resultando em bebês pequenos e de baixo peso.

As conseqüências da má nutrição para o feto dependem do período, severidade e duração da restrição dietética. Adicional energia, proteínas, vitaminas e minerais são requeridos durante a gravidez para suportar a demanda metabólica da gravidez e do crescimento fetal.


Gestantes que fazem dietas alimentares no início da gravidez podem colocar em risco o desenvolvimento cerebral do feto. De acordo com estudo publicado no periódico Proceedings of National Academy of Sciences, crianças geradas em períodos de restrição alimentar das mães tendem a atingir taxas menores de quociente de inteligência (QI) e a apresentar mais problemas comportamentais. A pesquisa foi conduzida em babuínos, animais com o desenvolvimento fetal muito similar ao humano.

Para a equipe de especialistas do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, responsável pelo estudo, a carência de nutrientes vitais e de calorias nos primeiros meses da gestação r

eduz a formação de conexões entre as células, a divisão celular e interfere nos fatores de crescimento do feto. Esse déficit é capaz ainda de atuar nas sinapses entre as células cerebrais, alterando a expressão de centenas de genes – dos quais grande parte tem influência direta no crescimento e no desenvolvimento.

Segundo os especialistas, gestantes adolescentes correm riscos maiores, uma vez que parte dos nutrientes ingeridos por elas acaba sendo usada para o desenvolvimento do corpo da própria mãe. Em gestações tardias, os riscos para o feto acontecem porque há uma redução no fluxo sanguíneo para o útero, diminuindo a quantia de alimentos levada ao feto.

“Esse estudo demonstra a importância de uma alimentação correta na gestação. Uma dieta pobre pode interferir diretamente no desenvolvimento dos órgão do feto. No caso, estamos falando especificamente sobre o cérebro”, diz Thomas McDonald, um dos responsáveis pela pesquisa.

Efeitos futuros – O desenvolvimento da saúde tem se mostrado um fator fundamental no aparecimento futuro da obesidade, da diabetes e de doenças cardíacas. Com os novos dados, os cientistas esperam conseguir relacionar o processo de desenvolvimento (da formação do feto) também no contexto do aparecimento de doenças como o autismo, a depressão, a esquizofrenia e outros tra

nstornos cerebrais.

“A pesquisa incentiva ainda os especialistas a rever a noção fortemente aceita de que durante a gestação a mãe é capaz de proteger o feto de desafios alimentares, a exemplo da má nutrição”, diz McDonald.

Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/saude/fazer-dieta-no-inicio-da-gravidez-afeta-desenvolvimento-cerebral-do-feto


Desmamar bebês só aos seis meses aumenta risco de alergia.

Uma nova pesquisa britânica coloca em xeque as tradicionais orientações de que a alimentação de um bebê deve ficar restrita ao leite materno durante os seis primeiros meses de vida. Para os estudiosos, isso pode aumentar os riscos de alergias alimentares e até deficiências nos níveis de ferro da criança. Segundo eles, uma dieta variada e que pode incluir até alguns sólidos deve começar já aos quatro meses.

Há 10 anos, no entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) defende que todos os bebês devem consumir apenas leite materno até os seis meses. Mas a coordenadora do estudo recente, Mary Fewtrell, diz que a recomendação é válida somente para os países em desenvolvimento, onde o acesso à água tratada e a alimentos seguros é limitado. “Diversos países desenvolvidos, incluindo 65% dos membros da União Europeia, escolheram não seguir essa recomendação”, explicou ela.

Dieta sólida - De acordo com as recomendações da OMS, o leite materno é importante porque reduz o risco de infecções e combate problemas de crescimento. Uma revisão de 33 estudos, no entanto, não encontrou evidências concretas para evitar a introdução de alimentos sólidos na dieta da criança antes dos seis meses. Em 2007, um estudo americano apontou um aumento nos casos de anemia nos bebês que só recebiam o leite materno, quando comparados àqueles que tinham uma dieta variada.

Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/saude/desamamentar-apenas-apos-os-seis-meses-pode-aumentar-riscos-de-alergias-alimentares

Após sofrer um Transplante de Laringe e Traqueia americana volta a Falar!


Brenda Jensen, cidadã norte-americana, foi submetida à um transplante de laringe e voltou a falar pela primeira vez em 11 anos . A operação realizada no estado da Califórnia e foi considerado um milagre pela americana porque restaurou sua vida.

A informação foi publicada no site da "BBC News" na quinta-feira (20/01/2011). Segundo a reportagem após treze dias decorridos da cirurgia, ela disse suas primeiras palavras: "Bom dia, eu quero ir para casa."

A americana estava impossibilitada de falar por conta própria desde que sua laringe foi danificada durante uma cirurgia em 1999. O tubo usado para manter as vias respiratórias abertas feriu sua garganta, impedindo sua respiração. Desde então, ela estava incapacitada de sentir o gosto ou o cheiro de comida, respirava apenas por um buraco na traqueia e falava somente com a ajuda de uma laringe eletrônica.

Em outubro, cirurgiões da Centro Médico Davis da Universidade da Califórnia removeram a laringe, tireoide e 6 cm da traqueia do organismo de um doador. Em uma operação de 18 horas, os órgãos foram transplantados na garganta de Jensen.Treze dias depois, ela disse suas primeiras palavras, mesmo rouca. Agora consegue falar facilmente por longos períodos de tempo.

"A operação restaurou a minha vida, me sinto abençoada por ter tido essa oportunidade. É um milagre", disse.

Ela também está aprendendo a engolir novamente. Todo dia é um novo começo para mim. Estou me dedicando para usar minhas cordas vocais e treinar os músculos para engolir. Provavelmente eu nunca mais poderei cantar em um coral, mas é emocionante falar normalmente. Mal posso esperar para comer, beber e nadar de novo."

O professor Martin Birchall, da University College London, que fez parte da equipe de cirurgia, disse: "A laringe é um dos órgãos neuromusculares mais sofisticados no corpo. Aprendemos que podemos reparar nervos que permitem que muitos órgãos complexos funcionem novamente."

Um transplante de laringe pode mudar uma vida, mas não salva vidas. O primeiro caso documentado aconteceu na Clínica Cleveland, em 1998.

OUTROS TRANSPLANTES DE LARINGE

Entre os anos de 2002 e 2006, o médico colombiano Luis Fernando Tintinago, do Hospital Universitário San Vicente de Paúl, do Instituto Nacional de Cancerologia da Colôlmbia, realizou uma série de transplantes de laringe.

Ele relatou sua experiência no 3º Congresso Mundial da Voz (Third World Voice Congress), na Turquia. Tintinago já realizou três transplantes de laringe, sete de traqueia, dois de laringe e traqueia e um laringoesofágico em 12 homens e uma mulher, com idade entre 17 e 67 anos de idade.

Os pacientes foram acompanhados por 32 meses e todos recuperaram a voz com diferentes níveis de disfonia. Em nove pacientes, o orifício externo na garganta foi fechado, e a maioria recuperou as funções básicas.

Fonte: Folha Uol.