Especialista do Instituto Ganz Sanchez alerta: esses jovens serão a próxima geração de surdos do país
Cada vez mais indispensáveis entre os jovens, os “tocadores” de música como Ipod´s, MP3 ou até mesmo o celular, são os grandes vilões para a saúde dos ouvidos. Na rua, na escola ou em casa, muitas crianças e adolescentes passam boa parte do dia escutando música alta com os fones de ouvido. Por conta disso, a incidência de problemas auditivos nos jovens vem aumentando rapidamente ao longo dos anos, prejudicando sua audição e aumentando o risco de surdez. Para a Dra. Tanit Sanchez, professora de Medicina da USP e presidente do Instituto Ganz Sanchez- Primeiro Centro Latino Americano Especializado em Zumbido-, esses jovens serão a próxima geração de surdos do país.
O volume do som dos aparelhos musicais é medido em decibéis e a especialista alerta que o nível ideal é de 85, mas existem equipamentos que chegam até 110. “Como o aparelho não informa seus decibéis, é aconselhado ouvir, no máximo, metade do volume e desligar o aparelho a cada duas horas, porque não é recomendado escutar música alta ininterruptamente. Isto porque, há diferença em ouvir uma música alta com fone de ouvido e ouvir sem. Os danos são maiores para quem utiliza o fone, já que o som vai diretamente ao ouvido. Sem o fone, a melodia se dispersa no ambiente”, explica.
Para identificar os primeiros problemas na audição, basta fazer um simples teste. Antes de dormir, preste atenção aos sons em sua volta. Caso identifique algum tipo de chiado ou ruí do constante, é um sintoma característico do zumbido. “É um sinal precoce de problema no ouvido um som contínuo como o barulho de apito, chiado ou sirene. Esse indício é corriqueiro entre esses jovens, entretanto, como ocorre de forma gradual, os adolescentes demoram a perceber que há algo errado em sua audição”, comenta a médica.
Identificado precocemente e tratado corretamente, o problema pode ser revertido. “O jovem não se dá conta que está perdendo a audição até começar a ouvir os primeiros sintomas do zumbido. E mesmo assim, muitos deles ignoram os alertas e passam muito tempo com esses indícios.”
Para identificar os primeiros problemas na audição, basta fazer um simples teste. Antes de dormir, preste atenção aos sons em sua volta. Caso identifique algum tipo de chiado ou ruí do constante, é um sintoma característico do zumbido. “É um sinal precoce de problema no ouvido um som contínuo como o barulho de apito, chiado ou sirene. Esse indício é corriqueiro entre esses jovens, entretanto, como ocorre de forma gradual, os adolescentes demoram a perceber que há algo errado em sua audição”, comenta a médica.
Identificado precocemente e tratado corretamente, o problema pode ser revertido. “O jovem não se dá conta que está perdendo a audição até começar a ouvir os primeiros sintomas do zumbido. E mesmo assim, muitos deles ignoram os alertas e passam muito tempo com esses indícios.”
Outro sintoma precoce é a hipersensibilidade aos sons, e acontece quando determinado ruído começa a incomodar e causar desconforto. Isso pode alterar, não somente a audição, mas interfere nos fatores físicos, provocando depressão e ansiedade. Quanto maior o incômodo, menor a intolerância aos sons. Detectados esses incômodos, o jovem deve procurar imediatamente um otorrinolaringologista e realizar o exame de audiometria, procedimento detalhado que avalia o grau de comprometimento da audição, a fim de constatar o grau do problema.
A especialista alerta para a importância da prevenção e sente falta de programas educacionais que chamem a atenção da população para os riscos da surdez. “Se houvessem campanhas, como por exemplo, a do cigarro, que mostram os malefícios que ele provoca, o número de jovens com problemas auditivos seria bem menor e não os consideraríamos a próxima geração de surdos do país”, finaliza.